Crc
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, que é lícito o uso de softwares policiais para rastrear arquivos de pornografia infantil em redes ponto a ponto (P2P), sem necessidade de autorização judicial prévia. O colegiado acompanhou o voto do relator, ministro Rogerio Schietti Cruz, que considerou que a chamada “ronda virtual” ocorre em ambiente público da internet e não representa invasão de privacidade ou interceptação de comunicações.
O caso teve origem na Operação Predador, conduzida pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, que utilizou o software CRC (Child Rescue Coalition) para identificar endereços IP associados ao compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Com base nos dados coletados, a polícia obteve mandado de busca e apreensão e encontrou imagens ilícitas nos equipamentos de um dentista investigado.
A defesa pediu o trancamento da ação penal, alegando que o uso do programa equivaleria a uma infiltração policial sem autorização judicial e que houve violação de sigilo quando a operadora forneceu dados do titular do IP à polícia.
O relator rejeitou os argumentos e destacou que a ronda virtual não se confunde com infiltração policial, prevista no artigo 190-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Na infiltração há atuação direta de um agente oculto, voltada a alvos específicos, enquanto na ronda virtual o software apenas rastreia automaticamente arquivos em redes abertas, acessando dados que qualquer usuário pode visualizar”, afirmou Schietti.
O ministro também esclareceu que o acesso a dados cadastrais básicos, como nome e endereço do titular de um IP, não exige mandado judicial, conforme o artigo 10, parágrafo 3º, do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014).
Esses dados, segundo ele, não estão protegidos pelo sigilo das comunicações e podem ser requisitados diretamente por autoridades policiais.
A Black Friday 2025 está testemunhando uma transformação sem precedentes na forma como as pessoas…
Sabe aquela regulamentação europeia de proteção de dados que virou pesadelo para pequenas empresas? Pois…
Dario Amodei, CEO da empresa de inteligência artificial Anthropic, emitiu alertas severos sobre os perigos…
A Anthropic divulgou uma estrutura de código aberto em 13 de novembro para medir o…
A fabricante chinesa de brinquedos FoloToy suspendeu as vendas de seu ursinho de pelúcia com…
A Apple revisou suas políticas da App Store na quinta-feira para exigir explicitamente que os…