Cruz vermelha
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, sediado em Genebra, Suíça, assumiu que sofreu “um sofisticado ataque de segurança cibernética contra servidores de computador”. O ataque comprometeu dados pessoais e informações confidenciais de mais de 515.000 pessoas altamente vulneráveis, diz o comunicado do comitê, incluindo pessoas separadas de suas famílias devido a conflitos, migração e desastres, pessoas desaparecidas e suas famílias e pessoas detidas. Os dados se originaram de pelo menos 60 Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em todo o mundo, inclusive do Brasil.
“Um ataque aos dados de pessoas desaparecidas torna a angústia e o sofrimento das famílias ainda mais difíceis de suportar. Estamos todos chocados e perplexos que essas informações humanitárias sejam alvo e comprometidas”, disse Robert Mardini, diretor-geral do CICV. “Esse ataque cibernético coloca pessoas vulneráveis, aquelas que já precisam de serviços humanitários, em risco ainda maior”. O CICV não tem indicações imediatas sobre quem realizou esse ataque cibernético, que teve como alvo uma empresa externa na Suíça que o CICV contrata para armazenar dados. Ainda não há nenhuma indicação de que as informações comprometidas foram vazadas ou compartilhadas publicamente.
O head de Inteligência de Ameaça e Pesquisa da Check Point Software Technologies, Lotem Finkelsteen, lembra que a saúde é um dos setores mais visados pelos cibercriminosos. Segundo ele, aconteceram 830 ataques cibernéticos semanais a organizações de saúde no ano passado, um incremento de 71% em relação a 2020. “Os atacantes não têm compaixão pela saúde ou por questões humanitárias, e a Cruz Vermelha não está sozinha aqui. Os grupos de hackers estão cientes da sensibilidade desses dados e os veem como ‘alvos de dinheiro fácil e rápido’. Os hospitais e as organizações de saúde não podem interromper as operações, pois isso poderá literalmente levar a situações de ‘vida ou morte’.
Segundo Finklsteen, “os cibercriminosos envolvidos no ciberataque à Cruz Vermelha foram direto para a jugular” ao irem atrás dos dados mais confidenciais da organização. “O maior risco aqui é o vazamento de dados comprometidos, o que pode levar a consequências potencialmente devastadoras às vítimas. O ataque cibernético à Cruz Vermelha torna as pessoas vulneráveis ainda mais vulneráveis, potencialmente forçando-as a sofrer mais dor”, conclui o especialista.
A Black Friday 2025 está testemunhando uma transformação sem precedentes na forma como as pessoas…
Sabe aquela regulamentação europeia de proteção de dados que virou pesadelo para pequenas empresas? Pois…
Dario Amodei, CEO da empresa de inteligência artificial Anthropic, emitiu alertas severos sobre os perigos…
A Anthropic divulgou uma estrutura de código aberto em 13 de novembro para medir o…
A fabricante chinesa de brinquedos FoloToy suspendeu as vendas de seu ursinho de pelúcia com…
A Apple revisou suas políticas da App Store na quinta-feira para exigir explicitamente que os…